Seu nome era Jesus. Sua mãe chamava-se Maria, casada com José, que era carpinteiro.
Logo na infância, fora morar em Nazaré, cidade isolada nas montanhas da Galiléia, próxima da movimentada estrada que ligava Mesopotâmia ao Egito. Ali ele viveu e cresceu. Um judeu entre os judeus. Aparentemente, um homem entre os outros homens.
Em Roma, reinava Tibério; na Galiléia, Herodes. Com seus “dentes de ferro”, Roma continuava conquistando terras, sem imaginar que ali estava uma força, muito superior à sua, que conquistaria mais vidas do que as sete colinas jamais sonharam. Um poder contra o qual o Império Romano empenharia toda a sua força para destruir, para depois cair vencidos de joelhos.
Ali estava um homem que, de forma estranha e espantosa, colocaria seu nome acima de todo nome. Um homem que se apoderaria das vidas, dos corações e das mentes, como Roma se apoderava dos corpos. Um homem que era muito mais do que um homem. Alguém de quem sempre falaram as profecias e os profetas – Jesus de Nazaré, o Messias.
Ele chegou. Talvez, não como muitos esperavam, mas Ele chegou. E cada situação de sua vida era cumprimento das milenares palavras dos profetas. Multidões o seguiam porque experimentavam o poder de seus atos e a verdade de suas palavras.
Foram apenas três anos e meio, preenchidos com curas, libertações e ensinos de sabedoria, ao fim dos quais, como um criminoso, foi levado a julgamento e, como o mais hediondo dos homens, foi colocado na cruz.
Mas sua morte não seria o fim. Seria apenas o começo de uma nova era. Pois segundo seus seguidores, Ele ressuscitou e dois mil anos de história são uma prova extremamente sólida de que ele veio ao mundo não por coincidência ou por acaso. Antes, Ele veio sim, de acordo com suas próprias palavras, “cumprir o que estava escrito” (no Antigo Testamento).
Desde então, homens passariam a contar os tempos como antes e depois dele. Tornou-se o marco divisor da História e o marco divisor das almas e da humanidade. Sua vida, suas palavras e seus feitos não puderam, de forma nenhuma, ser ignorados. A História encontrou seu centro, sua razão, seu núcleo, um eixo sobre o qual girar.